sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DOR DE DENTE E DE CABEÇA

Adriana Diniz
Fui ontem fazer um tratamento de urgência num dos meus molares superiores para aguentar até a consulta com o endodontista - marcada para terça que vem - pois estava com muita dor.
A dentista, da Clínica Portaldonto, em Botafogo (Rua Dona Mariana 143 – sala C12) me aplicou a anestesia e começou a tratar o dente, senti um desconforto na vista e fechei os olhos para relaxar. No meio do procedimento, a dentista pediu para que eu olhasse algo que ela queria me mostrar relacionado ao tratamento e, quando abri os olhos percebi que, por mais que me esforçasse, não conseguia enxergar direito. Eu estava vendo tudo dobrado. Falei com a dentista, pois achei que podia ser por que eu estava deitada havia muito tempo e ela levantou a cadeira. Foi quando olhei no espelho da frente e vi que meu olho direito estava totalmente estrábico, quase entrando junto à parte onde fica o nariz. Pisquei várias vezes e nada aconteceu. Pensei então que seria por conta da anestesia. A dentista, que me parecia muito nova e inexperiente, foi na sala ao lado consultar o dentista responsável pela clínica, sr. Alexandre Costa da Silva. Enquanto isso, eu pensava, vai passar, quando a anestesia passar, vou voltar ao normal, só tenho que relaxar.
Mas a menina voltou, com cara de assutada, dizendo que não podia ser da anestesia e que ela não sabia o que podia ter acontecido nem podia me dizer se eu voltaria ao normal. Confesso que fiquei nervosa e, chorando, liguei para o meu marido, pedindo que fosse me buscar urgentemente no dentista. O
sr. Alexandre veio então até o consultório e disse que eu tinha ficado estrábica por estresse! Eu expliquei que fiquei nervosa ao ver o estrabismo e não o contrário. Então ele disse que não podia explicar, mas que com certeza não tinha nada a ver com o tratamento, pois não existia nenhuma possibilidade de aquilo ter sido causado pela anestesia! Eu argumentei que tinha que haver explicação e óbvio que tinha relação, pois eu entrara no consultório enxergando normalmente e sem qualquer estrabismo. O sr. Alexandre disse que eu já devia ser assim!!!!!!! Fiquei pasma! Sem reação! Ele então levantou-se, pediu a dentista que me atendera para fazer um relatório, fotografar a minha boca, fechar meu dente e me mandar para casa!!!!!
Foi quando percebi que a única preocupação do
sr. Alexandre era se eu poderia no futuro querer processar a clínica e que ele nada ia fazer para resolver meu problema. Pior, comecei a desconfiar que havia algo muito errado que ele estava tentando acobertar.
Liguei então para um parente neurologista para pedir orientação. O neurologista me explicou que não só poderia ser por causa da anestesia, como provavelmente era da anestesia e me orientou a procurar um neurologista numa emergência, já que ele mora em outra cidade. Perguntei se devia finalizar o tratamento ou correr para o hospital, pois queria saber qual era a urgência da situação. Ele disse para que eu fechasse o dente e pediu para falar com a dentista. Passei o telefone para a coitada e o
sr. Alexandre novamente se meteu na situação. Tirou o telefone da mão da menina e falou com meu parente, que depois voltou a falar comigo, reafirmando que devia ser da anestesia, embora o mau caráter negasse.
O
sr. Alexandre, não satisfeito, disse para a dentista escrever no relatório que meu neurologista havia afirmado a ele que eu sempre fora estrábica. indignada, liguei novamente para o meu neurologista, que chamou o escroto de mentiroso pra baixo. Sai da clínica e segui para o Copa D'Or. No caminho, a vista começou a voltar ao normal e consegui falar com um primo dentista que me explicou o seguinte: "se o dentista que te atendeu tivesse estudado um pouquinho, ele saberia que próximo ao dente que você tratou, existe uma ramificação de um nervo que controla os movimentos dos olhos e, se você tiver tomado anestesia deitada e tiver ficado deitada por muito tempo, a anestesia pode escorrer para este nervo. Se ele soubesse disso, também saberia te dizer que isso passa com o efeito da anestesia e te tranquilizado".
Conclusão, era só o sujeito não ser tão incompetente e ser mais preocupado com o paciente que com a clínica. Mesmo que ele não soubesse o que havia ocorrido, a postura dele deveria ser totalmente outra. Surreal!
Meu Deus! Eu estava ali, desesperada, sem enxergar direito e o cara querendo fotografar a minha boca!!!!!!!
Já fiz a denúncia no Conselho Regional de Odontologia e também na Golden Cross.
Mas precisamos divulgar isso para evitar que outras pessoas caiam nas garras deste profissional antiético!


Nota Blog - pesquisamos endereço e telefone e não conseguimos contato com o profissional citado.
Este espaço está aberto para a contestação.

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