MARICÁ RJ DESENVOLVIMENTO X PRESERVAÇÃO

Prefeito de Maricá chama a população para passeata em defesa do polo naval de Jaconé. Ambientalistas e parte da sociedade do município querem proteger o meio ambiente.
Abaixo a carta da prefeitura e arte do Polo Naval.

Maricá organiza passeata em defesa do Polo Naval de Jaconé

Mobilização está marcada para o dia do aniversário da cidade, neste sábado

No próximo sábado (26/05) a cidade de Maricá completa 198 anos, dividida entre as comemorações pelo presente e o compromisso com o futuro. Uma passeata apoiada pela Prefeitura em defesa da construção do Polo Naval de Jaconé, também conhecido como Porto do Pré-Sal, será realizada no Centro e promete mobilizar centenas de moradores. A concentração está marcada para 17 horas, com saída prevista às 17h30 na Ponte da Mumbuca, em direção à Praça Orlando de Barros Pimentel.

O ato simbólico de apoio ao recente investimento divulgado pela empresa DTA Engenharia (orçado em R$ 5,4 bilhões), se baseia principalmente no potencial de desenvolvimento econômico do projeto, que vai gerar nove mil empregos diretos e indiretos durante a construção, passando a 13 mil após a conclusão das obras, prevista para em 2015. O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, e a primeira-dama, Rosângela Zeidan, participarão da passeata."Vamos dar uma demonstração pública de que o povo de Maricá é favorável ao porto e não quer perder a oportunidade de ter esses 13 mil empregos", conclamou o prefeito.O respaldo da prefeitura e o endosso da população de Maricá ao porto começaram com a aprovação, pela Câmara Municipal em dezembro último, de uma alteração no zoneamento urbano do município, inserindo uma área industrial no plano destinado à região da praia de Jaconé. A decisão reflete o apoio detectado por uma pesquisa realizada em outubro, segundo a qual mais de 75% dos habitantes da cidade são favoráveis à iniciativa.A implantação do complexo portuário dos Terminais Ponta Negra (TPN) irá mudar o papel de Maricá no cenário nacional, com a integração da cidade às atividades do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O TPN prevê porto, área de apoio offshore, depósito de minérios e tancagem de granéis líquidos. Estima-se que o Terminal de Ponta Negra receberá 850 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a 40% da produção nacional. O complexo será instalado em uma área de 5,6 milhões de metros quadrados, sem restrições ambientais, onde funcionaria um clube de golfe. Além de estar situado a área mais favorável para esse tipo de empreendimento na costa da América do Sul, o TPN contará com uma moderna tecnologia contra poluição, capaz de selar o porto ao menor sinal de alarme.Para o prefeito Washington Quaquá, o empreendimento também vai viabilizar outra vocação de Maricá, a atividade turística. Além da compensação ambiental já incluída no próprio TPN – a destinação de uma área de 3,6 milhões de metros quadrados para a criação de uma reserva de preservação – a cidade receberá a bela região de Ponta Negra transformada em área turística, incluindo a construção de uma marina, de hotéis e de um resort. “Nossa meta é combinar turismo e desenvolvimento. As duas atividades não são conflitantes, basta ter planejamento e é nisso que a Prefeitura de Maricá está trabalhando”, declarou o prefeito.

                Foto:      Terras Alphas Maricá - Grupo Alphaville

Maricá atualmente está em pleno processo de mudanças por causa da implantação do Comperj - Petrobrás em Itaboraí. São grandes investimentos comerciais e habitacionais que aceleram o crescimento da população. Hoje são cerca de 130 mil moradores e a previsão para 2016 é de um população beirando 500 mil habitantes. Além do Comperj, Maricá está localizado de frente para  Bacia de Santos e tem blocos exploratórios para extração de petróleo. O município já recebe os royalties e aparentemente só parte da região central tem sido beneficiada com os recursos federais.

Abaixo, flagrante  da avenida litorânea em Itaipuaçu. Quando chove é lama pura e em tempo seco é assim.